domingo, 22 de novembro de 2009

Stupida - Alessandra Amoroso (2009)

A cantora, vencedora do programa Amici desse ano (uma espécie de Ídolos italiano), me foi apresentada pela Thay. Pois bem, de cara, gostei dela, mas sem cair de amores. Ouvi o primeiro single, "Stupida", e a princípio ele não me comoveu. Depois, ouvi o disco dela, um EP com 8 músicas, e achei um bom trabalho, bem realizado, embora não muito cativante. Isso até ouvi-lo pela segunda vez, que foi quando comecei a achá-lo interessante. A partir da terceira audição, já fiquei completamente viciada, ouvindo-o sem parar. A única música que não me agradou foi “È Ora di Te”. Todas as demais classifico entre boas e excelentes, com destaque para os singles "Stupida" e "Immobile", e para as minhas preferidas "Da Qui" e "X Ora X Un Po'”.
Todas as canções foram escritas para Alessandra, o que diferencia esse EP dos demais lançados pelos cantores oriundos do Amici, geralmente com regravações. Apenas “È Ora di Te” não é propriamente inédita por se tratar de uma versão. A voz de Alessandra também é digna de nota: suave, agradável, mas que consegue ser forte quando necessário. O saldo desse EP é extremamente positivo e acho que Senza Nuvole, o primeiro álbum completo da cantora, pode ser uma grata surpresa.


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Valentina Giovagnini - L'amore non ha fine (2009)

Não sei porque eu demorei tanto tempo para escrever essa resenha. Bem, talvez eu saiba. É como um ponto final, como em tese, a maioria dos álbuns póstumos o são. E certamente por isso é tão complicado escrever sobre discos lançados após a morte do artista.
Já falamos aqui, mas para quem não sabe a jovem cantora Valentina Giovagnini morreu no dia 4 de janeiro de 2009 e o álbum "L'amore non ha fine" foi lançado em 5 de maio de 2009, e conta com trabalhos inéditos, não-inéditos e covers.
A música título do álbum é a primeira do cd. Logo na faixa de abertura já é possível notar um dos estilos mais marcantes da Valentina, a experimentação: nesse caso a mistura do erudito, com a participação do tenor Aldo Caputo, com o pop. Uma boa música, mas não uma das melhores do disco.
A segunda faixa é L'altra metà della luna e a voz da Valentina, mais aguda do que o normal, pode causar certo estranhamento na primeira audição. Cheguei até a pensar que a música tivesse sido gravada quando a cantora era adolescente, mas como não diz nada a respeito, imagino que tenha sido gravada em 2008, junto com as demais. A música, da metade para o final, melhora e fica até boa, mas nada de espetacular.
A terceira música é L'attesa infinita é de longe uma das melhores faixas do álbum. Para quem já conhece minimamente o trabalho da cantora pode-se dizer que é uma música bem no estilo Valentina, tanto na melodia quanto na letra. E é possível perceber nessa faixa também o quanto Valentina evolui vocalmente do seu primeiro álbum para este.
A faixa seguinte é Continuamente, outra ótima música. Porém com um diferencial da anterior, não tem o estilo da Valentina, ainda que a letra seja cheia de significado como, em geral, as letras cantadas pela Valentina o são. É um pop bem feito, que poderia ser cantado por qualquer outra cantora.
As faixas seis e sete são as músicas não-inéditas. Voglio quello che sento compõe o ábum de estreia da cantora: "Creatura nuda" e Non piango più foi lançada como single em 2003. A escolha desta última para integrar "L'amore non ha fine" se justifica pelo fato de ela não estar presente em nenhum álbum, mas de Voglio quello che sento, não. A não ser que essa fosse a preferida da Valentina. De qualquer forma, se o intuito era colocar uma música de "Creatura nuda" que não tinha sido single, outras escolhas mais adequadas poderias ter sido feitas como Metamorfosi, La formula ou Libera.
A oitava música é a ótima Bellissima idea, e novamente uma letra profunda que nos faz parar e pensar, e ao final ter a certeza de que ainda tem alguma parte que não compreendemos como deveríamos. Sensação que não é rara ao tentar entender as músicas da Valentina.
As faixas nove e dez são as também inéditas La mia natura e Non dimenticare mai. Ambas são boas faixas, mas não espetaculares. De qualquer forma, cabe ressaltar que o nível das músicas inédias deste álbum é superior ao de estreia.
Sonnambula é a penúltima inédita a compor o álbum e a única que não me agradou. Confesso que sempre pulo essa faixa quando escuto, acho-a tão chatinha. Mas conhecendo o trabalho da Valentina como conheço, sei que pode chegar o dia que eu escute a música e realmente a entenda e assim passe a gostar.
A última música inédita é Ogni viaggio che ho aspettato, a melhor música do álbum e, me atrevo a dizer, uma das melhores da Valentina junto com Senza origine e Il passo silenzioso della neve. Se você gostou dessas duas certamente vai adorar Ogni viaggio che ho aspettato, que assim como os primeiros singles da carreira da cantora tem fortes influências medievais. Se as demais músicas do álbum podem ser consideradas entre boas e ótimas, essa poderia ser definida como incrível.
Para mim o álbum poderia terminar aí que estava ótimo. Mas... foram incluídas duas covers: Hallelujah e Over the rainbow. Quando eu me pergunto o porquê dessa inclusão só me vem a mente o fato de ser um álbum póstumo e a família querer compartilhar essas gravações. Ainda acho uma decisão não acertada porque o nível de interpretação da Valentina nelas está muito abaixo do nível em que interpreta as sua próprias canções. Sem falar no inglês que deixa um pouco a desejar. E pensar que recentemente, no cd da Malika Ayane, elogiei a versão da cantora de descendência marroquina para a música Over the rainbow. Pena não poder elogiar também a versão da Valentina. Minha dica é: escute até Ogni viaggio che ho aspettato e termine a audição com chave de ouro.
A impressão geral do álbum póstumo da cantora é positiva, ainda que o álbum tenha seus altos e baixos. Indubitavelmente, um álbum apenas com as inéditas seria muito mais coeso. Porém, como já disse se trata de um álbum póstumo, e é justificável que a coerência entre as faixas possa ser deixada de lado para a realização de um álbum mais completo e com alguns "bônus" para os fãs.



O último trabalho da cantora de Arezzo é mágico e envolvente como todos os trabalhos dela foram desde que pisou no palco do Ariston em 2002. E o ponto final, infelizmente, fica com a sensação triste de que poderíamos ouvir muitas outras músicas mágicas como Ogni viaggio che ho aspettato, Il passo silenzioso della neve, Senza origine e Metamorfosi se tivéssemos a Vale por mais tempo entre nós.

Melhor(es) faixa(s): Ogni viaggio che ho aspettato; L'attesa infinita; Bellissima idea; Continuamente.
Pior(es) faixa(s): Sonnambula; Over the rainbow; Hallelujah
Nota: 7.5

sábado, 14 de novembro de 2009

Divulgando - Luciano Bruno

Recebemos um e-mail divulgando os shows do cantor Luciano Bruno no Brasil, como as colaboradoras estão com uma séria restrição de tempo ultimamente, apenas repassaremos o convite (é só clicar na imagem) para os leitores do blog.


Free Image Hosting at www.ImageShack.us

QuickPost

Ah, quem for no show depois conta pra gente como foi, ok?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Piccoline #13

Elisa: A cantora sairá em turnê a partir de abril ao ano que vem (2010), nos shows além de músicas de "Heart", seu último trabalho, cantará os grandes sucessos da sua carreira. Nós nos perguntamos: Emma Cecile fica em casa ou sai em turnê com a mamãe? E outra coisa... Se tiver uma turnê mundial você bem que poderia dar uma chegada por essas terrinhas aqui, hein, Elisa?

Raf: "Soundview" é o título do mais recente trabalho do cantor, lançado no final de outubro. Trata-se de um CD + DVD gravados no show do dia 27 de fevereiro de 2009 no Forum de Assago, em Milão. O álbum comemora os 25 anos de carreira de Raf.

Gianna Nannini e Giorgia: Uma nova versão do álbum "Giannadream - Solo i sogni sono veri" será publicada e contará com um dueto inédito da cantora de Siena e da cantora de Roma, na música Salvami. Provavelmente, a parceria é fruto do Amiche per l'Abruzzo. E o DVD do show, será que algum dia sai?

Giorgia: A cantora romana está grávida de seis meses do seu companheiro, Emanuel Lo. Esperamos que a criança nasça com os dotes vocais da mãe.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Dolcenera - Un dolce incantesimo

O terceiro single retirado do álbum "Dolcenera nel paese delle meraviglie" é Un dolce incantesimo. O clipe é bem feito, a música é boa, e Dolcenera está mais linda do que nunca. Por que será então que tudo me parece certinho demais? Aliás, essa foi a impressão que eu tive do álbum como um todo: músicas bonitas, bem arranjadas, Dolcenera vocalmente impecável - como sempre, mas parecia que faltava algo no álbum. Começo a achar que o elemento ausente é emoção. Posso ser do contra, mas gosto muito mais do look rocker e interpretações perfeitas como "Com'è straordinaria la vita" no Sanremo de 2006, "Sei bellissima" e "I will survive" no MusicFarm 2005.
Porém, há quem prefira a postura atual da Dolce. E nós respeitamos.
Assim, para os que gostam, desgostam ou não conhecem, deixamos o último clipe da cantora: