O disco "Liberi da sempre", versão lançada na Itália, quando os meninos do Sonohra participaram do Sanremo em 2008, eu já tinha escutado há algum tempo. Porém, ao ver a versão "brasileira" do álbum ao alcance das minhas mãos, não resisti e comprei na minha última visita ao shopping. Não significa que eu adore os irmãos Fainello, mas também não desgosto. Apenas simpatizo.
"Love show", a versão do álbum de estreia da dupla lançada no Brasil, tem a faixa de mesmo nome como música de abertura. Acho que uma boa definição da principal música de trabalho do Sonohra é "adequada": letra romântica e não muito profunda, melodia agradável (em especial para os mais jovens), Luca e Diego afinados como sempre e um bom inglês. E pronto.
"Love show", a versão do álbum de estreia da dupla lançada no Brasil, tem a faixa de mesmo nome como música de abertura. Acho que uma boa definição da principal música de trabalho do Sonohra é "adequada": letra romântica e não muito profunda, melodia agradável (em especial para os mais jovens), Luca e Diego afinados como sempre e um bom inglês. E pronto.
A faixa seguinte é Free to be, versão em inglês de Liberi da sempre. Canção mediana, mas também adequada. Vale destacar que as adaptações para a língua inglesa foram muito bem feitas. A terceira faixa é Love's here, também uma adaptação para inglês, dessa vez de L'amore, que é provavelmente a música mais famosa do Sonohra. Outro ponto a ressaltar é que certamente a palavra mais utilizada neste disco foi "love", ou, nas músicas com o idioma do país da bota, "amore". Definitivamente, não se pode dizer que os meninos Fainello são insensíveis.
A faixa número quatro é Cinquemila mini mani, a primeira do álbum em italiano. A música é umas das poucas agitadinhas, e é a mais adolescente também. Mas isso não é de todo ruim, pode até ser considerada boa se você a escutar sem dar muita atenção para a letra.
Io e te é a que considero como a melhor faixa do disco: uma boa letra (e muito fofa, vou ser sincera) em uma boa melodia. Já disse que os meninos do Sonohra são afinados, não? English dance, uma das mais famosas do duo, vem neste álbum como a sexta faixa. É, junto com Cinquemila mini mani, uma das mais animadas. Ainda que o título dê impressão diferente, a música é em italiano. É um pop bem pop, e talvez por ser alegre, se destaque.
Salvami foi a música que me dá esperanças de que Luca e Diego, com uma dose maior de liberdade nas suas composições, podem realmente surpreender. Esta faixa tem uma letra com menos de 90 palavras ao longo de uma música de quase seis minutos (5:56, para ser mais exata). É, indubitavelmente, a mais ousada e tocante do cd, além de ser a mais adulta. Digo isso no sentido de maturidade, que fique claro. E pelo que eu li é a música preferida dos irmãos Fainello no álbum. O que me dá ainda mais esperanças. Who am I é outra que está entre as minhas preferidas. Um rock bem feito e um pouco diferente do resto do cd. Pode ser que tenha quem escute e não reconheça como uma música do Sonohra. In my imagination é a versão em inglês de Io e te. Boa também, mas achei que em italiano a música ficou mais bonita.
Até então eu tinha gostado de todas as músicas, umas mais outras menos, mas... até So la donna che sei, a décima faixa. Eu não gostei da música, que sim pode ser considerada a única sensual do álbum, primeiro porque não gostei da letra e não por ser um pouco quente, mas por simplesmente não dizer nada. E, o que considero mais crucial, a música não combinou com os meninos. Achei meio contraditório depois de repetir por várias vezes "amor" ao longo das músicas anteriores, a mais sensual ser tão desprovida de sentimento. Enfim, poderia ter sido colocada outra em italiano de "Liberi da sempre" no lugar de So la donna che sei sem problema algum.
I believe tinha tudo para ser a melhor faixa do cd se não fosse exatamente o "I believe". Eu não consigo entender, o porque você usar o "I believe" numa música que é toda em italiano se na sua língua têm palavras que podem dizer a mesma coisa? Ok, essa é uma mania de alguns cantores italianos, em especial o Zucchero, mas até a Laura Pausini já colocou palavras em inglês em músicas em italiano. Eu acho desnecessário, por isso I believe perdeu metade do encanto, porém, ainda assim, é uma boa música. Só que não muito original, apenas como exemplo cito "Credo" do Nek. As faixas que fecham o álbum são as faixas bônus L'amore e Love show, ambas em italiano.
Love show, o álbum, é muito bem produzido e muito bem interpretado. Não se pode dizer, em momento algum, que Luca e Diego Fainello não saibam cantar. Eles fazem bem o seu trabalho e como disco de estreia Love Show/Liberi da Sempre foi um ótimo começo. É claro, porém, que eles agradam muito mais o público infanto-juvenil. Esse é o perfil deles. No entanto, acredito que nos próximos álbuns os irmãos de Verona possam mostrar todo o seu talento. Mas como o assunto é este álbum e não os próximos, recomendo que quem gostou, se possível, compre o álbum do Sonohra. Desde Tiziano Ferro, na época de "Imbranato", um novo artista italiano não vinha ao Brasil mostrar o seu trabalho e divulgar uma versão de seu álbum feita especialmente para o mercado brasileiro. Espero que o Sonohra tenha sido apenas o primeiro de muitos outros jovens e talentosos artistas italianos de uma nova fase da música italiana no Brasil.
Melhor(es) música(s): Io e te, Salvami, Who am I.
Pior(es) música(s): So la donna che sei
Nota: 7.5
Um comentário:
Sonohra♥ simplismete ameii essa dupla de irmão ^^ lindos
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