Antes de tudo preciso dizer que me decepcionei com esse cd porque esperava um disco de inéditas e não uma compilação de músicas antigas, com a faixa participante do festival de Sanremo como bônus. Sim, mas a decepção foi apenas nesse sentido, porque o cd é um excelente apanhado dos outros dois lançados anteriormente: Vertigini in Fiori (2007) e Vintage Baby (2009). Ok, eu não ouvi o primeiro cd de Irene, então as músicas extraídas desse disco são inéditas para mim, mas continuo não entendendo o porquê de se lançar uma coletânea de uma cantora que tem apenas dois discos...
Irene é filha de Zucchero, aquele gordinho meio amalucado, bastante famoso na Itália e no exterior, e que adora colocar expressões em inglês em suas músicas, hábito repetido pela herdeira. A princípio isto é uma coisa que não me agrada muito porque soa artificial na maioria das vezes. Mas especificamente no caso de Irene, o talento da moça supera esse empecilho.
O cd abre e se encerra com a música participante de Sanremo, Il Mondo Piange, primeiro no dueto com o Nomadi, por último na versão solo, e já adianto que ela é a mais fraquinha das doze faixas do cd.
Em seguida, vem Messin' With My Head, única música além da "sanremesa" a não figurar nos álbuns anteriores. Só sei que gostei da pegada blues dessa música!
Depois vem Spiove il Sole, quinto lugar no Festival de Sanremo do ano passado. Uma boa canção, apesar do "sono in down, down, down"(1) do refrão. Foi essa música que me fez conhecer e gostar de Irene, mais pela voz e pelas apresentações impecáveis no festival do que pela música em si. Acho a letra meio "nada com nada". Ou talvez eu não compreenda algum sentido profundo escondido nas entrelinhas...
Seguem-se as excelentes Ora Che Non Vivo e No More Amor, ambas do cd Vintage Baby. Acho a interpretação da primeira fora de série . Essa aliás, é uma das características de Irene que eu mais gosto: interpretações fortes e emocionadas. No More Amor já começa com esse nome para o qual torci o nariz, mas sim, é uma ótima canção, o trocadilho acaba ficando interessante e gosto especialmente da ponte: "C'era un cuore era mio e lo rivorrei / C'era un sole, ero io, che tu mai, tu non rivedrai!!"(2).
Agora vem um bloco extraído do cd Vertigini in Fiore: Un Sole Dentro, Una Carezza e Mastichi Aria. Não conhecia nenhuma das três e as amei já na primeira audição. Acho Un Sole Dentro simplesmente apaixonante e mais um ponto para a interpretação de Irene. Já Una Carezza é na verdade uma regravação da música do papai Zucchero. Adorei, mas procurei a versão original e, confesso, gostei ainda mais. Tanto, que despertou meu interesse pela discografia do cantor. Mastichi Aria começa meio estranha, com a voz da Irene mais 'fanha' que o normal, mas me conquistou mesmo assim por ser mais puxadinha para o rock.
De volta ao Vintage Baby, temos a alegre Dolce Luna, a fofíssima Con la Primavera Nelle Mani e a versão Il Diavolo è Illuso. Dolce Luna é alegrinha e contagiante! Impossível não ter vontade de acompanhar o refrão. Já Con la Primavera Nelle Mani é fofa e romântica ao extremo. Il Diavolo è Illuso, até onde eu pude perceber, é uma versão de uma música dos anos 70, de uma cantora indiana! Tem até um video no Youtube de uma apresentação da dita cuja no festival de Sanremo, em 78! O nome da sujeita é Asha Puthli e a música original se chama The Devil is Loose. Tenho fases de amar essa música e outras de odiá-la.
Seguem-se as excelentes Ora Che Non Vivo e No More Amor, ambas do cd Vintage Baby. Acho a interpretação da primeira fora de série . Essa aliás, é uma das características de Irene que eu mais gosto: interpretações fortes e emocionadas. No More Amor já começa com esse nome para o qual torci o nariz, mas sim, é uma ótima canção, o trocadilho acaba ficando interessante e gosto especialmente da ponte: "C'era un cuore era mio e lo rivorrei / C'era un sole, ero io, che tu mai, tu non rivedrai!!"(2).
Agora vem um bloco extraído do cd Vertigini in Fiore: Un Sole Dentro, Una Carezza e Mastichi Aria. Não conhecia nenhuma das três e as amei já na primeira audição. Acho Un Sole Dentro simplesmente apaixonante e mais um ponto para a interpretação de Irene. Já Una Carezza é na verdade uma regravação da música do papai Zucchero. Adorei, mas procurei a versão original e, confesso, gostei ainda mais. Tanto, que despertou meu interesse pela discografia do cantor. Mastichi Aria começa meio estranha, com a voz da Irene mais 'fanha' que o normal, mas me conquistou mesmo assim por ser mais puxadinha para o rock.
De volta ao Vintage Baby, temos a alegre Dolce Luna, a fofíssima Con la Primavera Nelle Mani e a versão Il Diavolo è Illuso. Dolce Luna é alegrinha e contagiante! Impossível não ter vontade de acompanhar o refrão. Já Con la Primavera Nelle Mani é fofa e romântica ao extremo. Il Diavolo è Illuso, até onde eu pude perceber, é uma versão de uma música dos anos 70, de uma cantora indiana! Tem até um video no Youtube de uma apresentação da dita cuja no festival de Sanremo, em 78! O nome da sujeita é Asha Puthli e a música original se chama The Devil is Loose. Tenho fases de amar essa música e outras de odiá-la.
Por último, como já foi dito, vem a versão solo de Il Mondo Piange, mas prefiro a primeira, com o Nomadi.
Concluindo, "Irene Fornaciari" é um excelente cd para quem quem conhecer a cantora, embora um tanto decepcionante para quem esperava um disco com inéditas. Então, se o seu caso é o primeiro, faça como eu, dispa-se do preconceito contra as frases em inglês e ouça o cd. Garanto que vale a pena, porque é um apanhado das melhores canções da filha de Zucchero. De Irene você terá excelentes interpretações, letras meio sem pé nem cabeça, com frases em inglês, como as do papai (que aliás é co-autor da maioria das músicas com a filhota) e muito, muito talento vocal.
Melhores músicas: Un Sole Dentro, Una Carezza, Con La Primavera Nelle Mani
Piores músicas: Il Mondo Piange, Il Diavolo È Illuso.
Nota: 8
(1) Algo como "estou down", estou pra baixo.
(2) Havia um coração, era meu e eu o quero de volta / Havia um sol, era eu, e você não o verá nunca mais.
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